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21/02/2022
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Associação prevê mais de 700 mil vagas temporárias no primeiro trimestre deste ano; confira como se preparar

Especialistas indicam como estruturar o currículo e o que evitar fazer nas entrevistas

Por Rosamaria Santos - O Dia | https://odia.ig.com.br/economia/2022/02/6341048-associacao-preve-mais-de-700-mil-vagas-temporarias-no-primeiro-trimestre-deste-ano-confira-como-se-preparar.html


Nos três primeiros meses deste ano, a contratação de profissionais para vagas temporárias deve chegar a mais de 700 mil. É o que aponta um levantamento da Associação Brasileira de Trabalho Temporário (ASSERTEM). Apesar do número expressivo ainda em período da pandemia do coronavírus, a competitividade pelos cargos vai exigir que os candidatos estejam preparados para impressionar os recrutadores para a contratação. Para isso, O DIA listou uma série de dicas de especialistas para se sair bem no processo e conquistar um emprego.

Segundo pesquisa da Catho, empresa de recrutamento online, os avaliadores levam de seis a dez segundos para descartar um currículo. Para evitar ser uma das pessoas dispensadas na seleção, o concorrente deve elaborar um currículo específico para cada oferta. Isso requer pesquisas sobre a empresa contratante e sobre os pré-requisitos para a função.

“O candidato não tem uma segunda chance para causar uma boa primeira impressão”, afirma Claudio Riccioppo, especialista em recolocação.

O documento também precisa apresentar informações de contato, áreas de atuação desejada, habilidades e experiência profissional em ordem cronológica. Se a pessoa estiver em busca da primeira oportunidade, a sugestão é de que ela informe as tarefas voluntárias que já exerceu. Riccioppo alerta que o interessado precisa fazer um resumo bem explicado das atividades que desempenhou. “Não adianta você colocar o nome da empresa, seu último cargo e o tempo que você ficou lá. Isso é igual a nada”, indica ele.

Formação acadêmica, cursos realizados, idiomas e certificados são outros dados que não podem faltar. No caso de currículos que serão enviados por meio eletrônico, ainda é preciso usar sinônimos das palavras que indicam as funções já exercidas. A justificativa para isso é que os robôs que fazem a triagem do currículo buscam apenas pelo termo exato da descrição da vaga. Um coordenador de RH, por exemplo, deve escrever “coordenador de RH/Recursos humanos''.

Outra dica que os especialistas dão em relação ao currículo físico e digital é a necessidade do uso de uma linguagem clara e de revisão, pois erros de português são responsáveis pela eliminação de 34% dos candidatos, segundo a Catho.

O que fazer na hora da entrevista de emprego

Na conversa com o recrutador, a pessoa precisa demonstrar ter interesse pela empresa. Isso significa provar que sabe quais são os interesses da instituição, suas metas e as últimas notícias divulgadas. Riccioppo sugere que o candidato busque pelo perfil do profissional que vai entrevistá-lo no LinkedIn para descontrair o ambiente. A estratégia também fornece informações importantes sobre o local de trabalho.

Se a vaga não define o salário, o concorrente pode ser perguntado sobre sua pretensão salarial, que não pode ser definida sem critérios. Para isso, Riccioppo ensina que a pessoa deve selecionar 20 vagas que pedem profissionais com o seu perfil e fazer uma média dos salários oferecidos. O resultado será o valor que deverá ser pedido.

O que evitar na entrevista

Um dos erros que os concorrentes aos cargos costumam cometer é falar mal do emprego anterior. Nesse momento, os recrutadores esperam ouvir sobre as atividades realizadas pelo candidato, e não críticas à instituição. “O cara que detona o seu anterior, amanhã está detonando você. As empresas evitam esse tipo de candidato”, alerta Riccioppo.

Contratação de temporários

Para projetar as mais de 700 mil vagas temporárias no primeiro trimestre, a ASSERTTEM leva em consideração a aproximação da Páscoa, a redução da inflação e a queda do dólar.

“Nossa expectativa para os primeiros três meses do ano é boa, sendo que as contratações serão puxadas pela Páscoa, redução da inflação e a queda do dólar. Estes são os fatores que impulsionarão o Trabalho Temporário nos meses de janeiro, fevereiro e março”, afirma o presidente da ASSERTTEM, Marcos de Abreu.

Até o fim de janeiro, mais de 200 mil empregos temporários foram gerados, um aumento de 13,2% em comparação com o mesmo período de 2021. Esse foi o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica, em 2014. Segundo a associação, os maiores responsáveis por esses resultados foram a indústria com 55% das contratações, seguido pelo de serviços (35%) e comércio (10%).