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25/02/2021
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Emprego cresce na indústria pelo sétimo mês seguido

Por Monitor Mercantil | https://monitormercantil.com.br/emprego-cresce-na-industria-pelo-setimo-mes-seguido/

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o índice de evolução do número de empregados ficou em 51,3 pontos em janeiro de 2021. Foi a primeira vez, em dez anos de pesquisa, que as contratações superaram as demissões no primeiro mês do ano. Com isso, o emprego industrial acumula sete meses consecutivos de alta. Esse indicador varia de 0 a 100, sendo 50 pontos a linha de corte que separa a alta da queda no emprego.

De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, as contratações refletem a rápida recuperação da indústria no segundo semestre do ano passado. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou em 69%, o maior percentual para o mês desde 2014. A produção industrial seguiu o movimento típico do início de ano, desacelerou e caiu em relação a dezembro de 2020. O índice de evolução da produção ficou em 48,2 pontos, abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que revela queda na produção.

“A queda na atividade industrial foi mais forte na passagem de 2020 para janeiro de 2021 do que nos três anos anteriores. No entanto, a produção dos últimos meses do ano passado também esteve mais aquecida. O que percebemos é que, mesmo com a queda, a produção se mantém em nível relativamente elevado, o que explica a alta do emprego em janeiro”, explica Marcelo Azevedo.

A pesquisa mostra que os estoques estão abaixo do que as empresas planejavam, mas a queda foi menos intensa e menos disseminada em janeiro do que nos meses anteriores, e a distância entre o nível de estoque desejado e o estoque efetivo diminui. Como a situação ainda não se normalizou, esse fato indica que, possivelmente, os empresários estão planejando trabalhar com nível de estoque mais baixo do que no passado. As expectativas para a economia seguem otimistas. Foram consultadas 1.804 empresas, sendo 437 grandes, 618 médias e 746 pequenas, entre 1º e 12 de fevereiro.

Já projeção da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) mostra que mesmo com a pandemia, a geração de vagas formais por meio do trabalho temporário, no formato da Lei Federal 6.019/74 e do Decreto nº 10.060/2019, deve crescer 25% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado.

“Após um resultado surpreendente em janeiro, projetamos a geração de mais de 805 mil vagas temporárias entre os meses de janeiro e março de 2021, superando em 25% as 644.500 contratações temporárias no mesmo período do ano passado”, afirma o presidente da associação, Marcos de Abreu.

Segundo ele, a indústria segue impulsionando as contratações, seguida pelo agronegócio, pelo setor de serviço e comércio. “Além disso, nossas estimativas apontam que a taxa média de efetivação de 22%, alcançada no final de 2020, irá se manter nesse primeiro trimestre. Um resultado excelente, já que anteriormente a taxa girava entorno de 15%”, destaca.

Outro ponto importante, de acordo com Abreu, é que o período de duração do contrato temporário na indústria, que era de 45 dias em média, será superior a 77 dias em 2021. “O período de contratação será bem maior para a indústria conseguir atender o volume de demandas do mercado”, diz.

O mês de janeiro teve um resultado surpreendente na geração de vagas temporárias. Ao todo foram 178.640 novas contratações, um aumento de 37,3% com relação ao mesmo mês de 2020 (130.100 vagas). Destas, 16.380 são para atender às demandas de Páscoa na indústria de chocolate, comércio e serviço, alta de 31% com relação ao ano passado (12.503 vagas).

De acordo com a Asserttem, 65% das contratações temporárias de janeiro foram impulsionadas pela Indústria para atender a demanda complementar de trabalho em segmentos como alimentos, farmacêutica, embalagens, metalúrgica, mineração, automobilística, agronegócio e óleo e gás; seguido de 25% do setor de serviços e 10% do comércio.

Ao todo, nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2020, a Páscoa gerou 33.906 contratações temporárias. Neste ano, a projeção da Asserttem é de mais de 42 mil vagas temporárias no período. “A Páscoa teve um papel importante no resultado de janeiro, visto que a indústria de chocolates acelerou as contratações temporárias, pois está com uma demanda de trabalho 31% superior do que em 2020 e iniciaram a produção de chocolates com antecedência”, conclui.