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06/04/2021
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Em fevereiro, dos 10 empregos gerados, 7 foram nas pequenas empresas

Pelo oitavo mês consecutivo micro e pequenas empresas apresentam resultado superior ao de médias e grandes empresas.

Por Folha Dirigida | https://folhadirigida.com.br/mais/noticias/mercado/empregos-gerados-pequenas-empresas

Os pequenos negócios têm saído à frente quando o assunto é geração de empregos. Só no mês de fevereiro, as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 68,5% dos empregos criados no Brasil, o que corresponde a pouco mais de 275 mil vagas.

De acordo com um levantamento feito pelo Sebrae com base nos dados do Caged do Ministério da Economia, esse quantitativo representa mais que o dobro de postos de trabalho gerados pelas empresas de médio e grande porte. Essas totalizaram a criação de 101,8 mil postos de trabalho no mesmo período.

Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, esse resultado positivo das pequenas empresas vem ocorrendo há oito meses seguidos. Para ele, esta é mais uma prova de que os pequenos negócios são essenciais para a retomada do crescimento da economia do país e para a geração de empregos. 

“Esse é o oitavo mês consecutivo que as micro e pequenas empresas puxam a geração de empregos com carteira assinada. São os pequenos negócios que sustentam a geração de empregos nos país e, por isso, é tão importante que sejam realizadas políticas públicas que amparem esse segmento”, defendeu Melles. 

Setores de serviço e comércio são os que mais geram contratações nas MPE

Utilizando como base o acumulado do ano, são cerca de 611 mil empregos gerados no primeiro bimestre de 2021. Desse total, 476,7 mil (72,26%) foram das micro e pequenas empresas, enquanto que as médias e grandes empresas criaram 134,1 mil novas vagas. 

O número supera, ainda, a quantidade de empregos gerados em 2020, quando foram criados 301,9 mil novos postos de trabalho. As MPE aumentaram a sua participação em 199.563 novas contratações contra 109.413 das MGE.

Nas micro e pequenas empresas, o setor de serviços é o que mais gera novas contratações (107.980 vagas), seguido pelo comércio (65.084 vagas) e indústria de transformação (63.963 vagas). Já nas médias e grandes empresas, o comércio é o que continua fechando mais postos de trabalho, acumulando, nesse bimestre, um saldo negativo de -24.626.

Dentre os estados que mais contratam proporcionalmente estão Mato Grosso, Goiás e Santa Catarina. O Amazonas segue como o único estado que apresenta mais desligamentos do que admissões em 2021, o saldo é consequência do elevado número de demissões nas MPE.

Trabalho Temporário ajuda a alavancar oferta de vagas no Brasil em fevereiro

De acordo com dados do novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o Brasil gerou um saldo positivo de 401.639 novos postos de trabalho em fevereiro deste ano. Foram 1.694.604 admissões contra 1.292.965 desligamentos no período.

Além disso, a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (ASSERTTEM), apontou que, em fevereiro de 2021, foram preenchidas 301.460 vagas temporárias, um aumento de 18,77% com relação ao mesmo mês de 2020.

"Deste total de vagas temporárias geradas em fevereiro, 66.321 foram convertidas em empregos permanentes, o que contribuiu com 16,5% do saldo positivo", explicou o presidente da associação, Marcos de Abreu. 

Segundo ele, o trabalho temporário vem crescendo com a pandemia, porque equaciona três cenários para as empresas: 

  • A incerteza quanto ao tempo que será necessário manter essa contratação; 
  • A emergência, porque é uma forma rápida e eficaz de contratar pessoal e assim não perder a oportunidade de atender as demandas do mercado; e
  • A flexibilidade no prazo contratual.

Em 2020, o trabalho temporário cresceu 34,8% em relação ao ano anterior. Foram gerados 2.002.920 postos de trabalho, enquanto em 2019 foram 1.485.877 vagas.

"A modalidade tem se mostrado uma excelente oportunidade para os trabalhadores que estão desempregados e que buscam por uma efetivação, pois trata-se de um trabalho formal que lhes garante todos os direitos trabalhistas como 13º, férias e FGTS.